Radiorrenograma com captopril no diagnóstico da hipertensäo arterial renovascular / Radiorrenograma com captopril no diagnóstico da hipertensäo arterial renovascular

Quarenta e um pacientes, 15 do sexo masculino e 26 do feminino, com hipertensäo arterial sistêmica, submeteram-se ao exame radiorrenograma em condiçöes basais e após o estímulo do captopril; o traçador usado foi o 99mTc-DPTA (tecnécio-ácido dietileno triamino pentacético). Dos 41 pacientes estudados, 13 tiveram diminuiçäo da taxa de filtraçäo glomerular total no radiorrenograma pós-captopril em relaçäo à basal; desses 11 foram confirmados pela arteriografia renal como renovasculares e 2 foram falsos-positivos (um caso de litíase renal e outro, pielonefrite crônica). Ocorreram dois casos de falsos-negativos e 3 pacientes recusaram a realizaçäo da arteriografia renal. Nos casos em que ocorreu diminuiçäo da taxa de filtraçäo glomerular total, houve concordância de 84,6 por cento entre o radiorrenograma e a arteriografia renal. Nos 23 pacientes restantes näo foi observada alteraçäo na arteriografia renal e no radiorrenograma basal. O método mostrou sensibilidade de 84,5 e especificidade de 92 por cento. Concluindo, podemos dizer que o radiorrenograma com teste de captopril é método näo-invasivo, bastante sensível e específico, podendo ser indicado como prova inicial para a seleçäo de pacientes quando se pretende detectar desordens renovasculares; mas, em momento algum, o radiorrenograma poderá ser utilizado como prova definitiva de lesäo vascular

Uso de radionuclídios no estudo da otite externa maligna / The use of radionuclides in the study of malignat external otitis

A otite externa maligna, que na forma mais grave provoca osteomielite da base do crânio, afeta aos pacientes imunocomprometidos. O diagnóstico precoce é requisito fundamental para prevenir as graves complicaçöes. Säo estudados 11 pacientes: cinco diabéticos, cinco com SIDA e um com leucemia mielóide aguda, através de tomografia computadorizada, cintilografia óssea empregando metilenodifosfonato de tecnécio (99mTc) e citrato de gálio (67-Ga), nos 15 dias após o início do tratamento e a cada três meses, evolutivamente. A TC näo mostrou definiçäo para identificar a infecçäo no conduto auditivo externo, mas foi útil no diagnóstico diferencial. A cintolografia com 99mTc-MDP mostrou sensibilidade e especificidade de 100 por cento; o estudo com 67-Ga, no acompanhamento, mostrou sensibilidade de 80 por cento e especificidade de 100 por cento.

Angiocardiografia com tecnécio-99m na avaliaçäo do pseudo-aneurisma do ventrículo esquerdo / Angiocardiography with technetium-99m in the evaluation of left ventricular pseudoaneurysm

O falso aneurisma do ventrículo esquerdo, ao contrário do verdadeiro, tem evoluçäo frequente para ruptura e morte do paciente, podendo ter o prognóstico alterado desde que o diagnóstico e tratamento cirúrgico sejam efetuados oportunamente. Dentre as técnicas cardiovasculares de avaliaçäo näo invasiva, a angiocardiografia com tecnécio-99m - seja em "primeira passagem" ou sincronizada com o eletrocardiograma - vem sendo cada vez mais utilizada. Assim, foram revistos, retrospectivamente, 283 exames obtidos até seis meses após um enfarto do miocárdio dentre 1.564 exames rotineiramente realizados em 2 hospitais que dispöem de cardiologia nuclear. Identificaram-se 3 pacientes com pseudo-aneurisma do ventrículo esquerdo confirmado por ecocardiograma bidimensional e cateterismo cardíaco. Os achados típicos da cintigrafia incluiam: 1. formaçäo de uma câmara cardíaca extra; 2. enchimento tardio em relaçäo ao ventrículo esquerdo; 3. orifício de entrada estreito; e 4. expansäo paradoxal sistólica. A ausência de músculo cardíaco nas paredes do pseudo-aneurisma foi observado em 2 casos também submetidos à cintigrafia miocárdica com tálio-201. Nossos dados mostram que a angiocardiografia com radionucídos é um método näo invasivo útil e de grande importância clínica para o diagnóstico do pseudo-aneurisma, podendo ser recomendado alternativamente ou associado ao ecocardiograma

Cineventriculografia com radionuclídeos e dipiridamol venoso na avaliaçäo prognóstica após infarto agudo do miocárdio / Dipyridamole­radionuclide ventriculography in the prediction offuture cardiac events after acute myocardial infarction.

Avaliar a cineventriculografia com radionuclídeos (VGR) e dipiridamol venoso (VGR-D) na previsäo de futuros eventos cardíacos após infarto do miocárdio (IAM). Casuística e Métodos - Quarenta e um pacientes (37 homens) com IAM submetidos a VGR em repouso e VGR-D (0,58 mg/Kg de peso) venoso. Considerou-se positivo para isquemia a incapacidade em elevar a fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo em 0,05 do valor basal. Todos os pacientes foram ainda submetidos a cinecoronariografia e, em 36 casos, foi realizada cintigrafia com tálio-201 para comparaçäo. O acompanhamento médico foi de 16 ñ 3 meses, sendo definido como evento cardíaco futuro as ocorrências de morte de origem cardíaca, reinfarto do miocárdio, angina ou insuficiência cardíaca significativas. Resultados - Vinte (50%) pacientes apresentaram eventos cardíacos durante a evoluçäo. Destes 90% tinham VGR-D positiva, enquanto que dentre os livres de eventos, VGR-D foi positiva em 24% (p < 0,01). Entre os parâmetros ventriculográficos estudados, o tipo de reposta da fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo ao dipiridamol, bem como seus valores absolutos apresentaram os mais significativos resultados da previsäo de futuros eventos (p < 0,01 e p < 0,001). Dos 36 pacientes submetidos também a cintigrafia de perfusäo, 16 subseqüentemente evoluíram com eventos, dentre os quais a cintigrafia era positiva em 82% (p < 0,01). Näo houve complicaçöes fatais, embora 12 (29%) pacientes tenham apresentado reaçöes isquêmicas clínicas durante o teste. Conclusäo - VGR-D mostrou-se sensível na previsäo de eventos cardíacos futuros após IAM, embora experiência adicional seja necessária antes de recomendá-la rotineiramente

Purpose ­ To evaluate safety and usefulness of dipyridarrtole-radionuclide ventriculography (D-RVG), soon after acute myocardial infarction (MI), in the prediction of future cardiac events. Traditionally performed tests were also compared. Patients and Methods ­ Forty-one patients (4 females) with recent MI underwent rest and dipyridamole (0,58 mg/kg of body weight) radionuclide ventriculography. The criteria for a positive test for ischemia was failure to increase left ventricular ejection fraction in 0,05 from baseline value. All patients had also coronary angiography and 36 patients underwent thallium-201 scintigraphy for comparison. The mean follow-up was 16 ± 3 months. The following findings were considered future for events: cardiac death, reinfarction, significant angina or heartfailure. Results ­ During the follow-up 18 of the 20 patients who had cardiac events had shown positive dipyridamole-RVG, as opposed to 5 of 21 event-free patients (p < 0,01). The ventriculographic criteria for a positive test and dipyridamole left ventricular ejection fraction were the strongest predictors of those medical events (p < 0,01 and p < 0,001). Among the 36 patients who had thallium-201 imaging, 16 subsequently had cardiac events and the scans were positive in 82% (p < 0,01). Twelve (29%) patients experienced reactions during dipyridamole infusion although no fatal complications were noted. Conclusion ­ Dipyridamole-RVG is relatively safe and a sensitive predictor of future cardiac events soon after acute MI, although additional experience is required before this new technique should be routinely recommended as an alternative approach.